O mau hálito tem solução

Quatro entre dez pessoas sofrem de mau hálito. Apesar da grande incidência, poucos vêem o problema como uma doença que precisa ser tratada. As causas são muitas, mas os profissionais da Odontologia garantem que este mal tem cura.

Quatro entre dez pessoas sofrem de mau hálito. Apesar da grande incidência, poucos vêem o problema como uma doença que precisa ser tratada. As causas são muitas, mas os profissionais da Odontologia garantem que este mal tem cura.

Quem já não teve ou já  não conheceu alguém que tivesse um mau hálito? O problema, conhecido também como halitose, atinge quatro entre dez pessoas, podendo tornar-se um entrave também social. Isto ocorre porque o portador do mau hálito acaba tendo vergonha de se expor, de conversar e de conviver socialmente. É também bastante comum a pessoa não conseguir progredir no campo profissional porque não se sente à vontade para estabelecer um diálogo aberto, além de falar com a mão na boca.

O curioso em relação ao mau hálito é que os portadores não conseguem perceber o odor desagradável que exalam. Muitas vezes, são as pessoas que estão ao seu redor que notam o cheiro e ficam constrangidas em avisar. “É como quando você usa um perfume: acostuma-se com o cheiro e acaba não percebendo que está exalando”, comenta Olinda Tárzia, professora do curso de Halitose da Faculdade e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, de Campinas-SP, e autora do livro Halitose. “Mas as pessoas que estão ao seu redor sentem. Chamamos isso de fadiga olfatória”, completa.

Ocasional ou crônica, são muitos os fatores que contribuem para a halitose. Estresse, falta de completa higiene bucal, ingestão de álcool, fumo, algumas dietas alimentares, uso de remédios controlados, doenças periodontais (de gengiva) e problemas no fígado e no estômago. 

Todos esses fatores contribuem para uma redução na produção de saliva, o que cria um ambiente propício à instalação de microorganismos patogênicos na boca que, por sua vez, formam a placa bacteriana na língua, popularmente conhecida como saburra. Na língua, a fermentação provocada pelas bactérias libera substâncias ricas em enxofre, responsáveis pelo odor forte e desagradável. “É por este motivo que acordamos com mau hálito. Passamos grande parte da noite sem salivar enquanto dormimos”, explica Olinda. 

O outro fator que causa a baixa produção de saliva e aumenta a saburra com freqüência é o uso de medicamentos (betabloqueadores, anti-depressivos, remédios para o coração, anti-térmicos etc). Em casos de pacientes diabéticos, a halitose pode ser um alerta de pré-coma diabético. A cárie, por sua vez, só provoca o mau hálito quando em estágios muito avançados.

Para quem sofre com o problema, a cadeira do dentista pode ser o início do tratamento. “Muitas vezes, é um conjunto de motivos que causa a doença e é necessário cuidar de cada um para obter resultado”, conclui.

Fonte: Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic 

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